Gerenciar equipes a distância é um desafio que permanecerá no pós-pandemia; veja como se adequar

O modelo de trabalho que engloba uma abordagem mista – nem 100% remota, nem 100% presencial –, está conquistando espaço no mercado, sendo adotado por companhias dos mais variados portes e verticais. Não à toa, como mostra um levantamento realizado pela IDC Brasil, a pedido do Google, grande parte dos profissionais brasileiros deseja esse modelo de regime misto de trabalho no pós-pandemia.

O modelo 100% presencial foi escolhido por apenas 22% dos 897 entrevistados de empresas brasileiras e diferentes cargos. Mais de dois terços (71%) dos jovens, com idade entre 18 e 21 anos, foram favoráveis à tendência híbrida; e metade (54%) dos colaboradores com idades entre 22 e 37 anos também.

Apesar da evidência, este é um tema novo para muitas lideranças, que   buscam auxílio para estabelecerem uma gestão híbrida de trabalho eficiente frente às mudanças que devem permanecer no pós-pandemia.

“Muitas empresas adotaram o modelo híbrido de trabalho por força da pandemia, mas agora é hora de organizar e regularizar”, comenta Fernão Porto, Head de Planejamento e Desenvolvimento Operacional da Vexia.

#O melhor dos mundos

O universo para a gestão híbrida de trabalho é vasto e requer preparo tanto de processos, quanto de infraestrutura, aspectos jurídicos e até cultura corporativa.

“Vejo que, hoje, muitas empresas pecam na gestão a distância, porque realmente não sabem como lidar com as equipes neste novo cenário”, comenta Porto. Para ter sucesso, é preciso mapear processos, estabelecer indicadores, entregas e SLAs (Service Level Agreement). A terceirização de processos, por exemplo, pode auxiliar em demandas rotineiras, garantindo a entrega de trabalhos nos prazos necessários.

Além disso, considerar pontos como infraestrutura tecnológica e gerenciamento de pessoas são básicos. A Vexia, dentro da sua própria experiência de trabalho no modelo a distância, conseguiu não apenas implementar boas práticas, mas também estabelecer um diálogo em prol da evolução da gestão híbrida. A partir de sua experiência, reuniu os aprendizados em três pilares, com intuito de auxiliar os negócios a desenvolverem suas próprias jornadas digitais de sucesso.

#Em linha com o jurídico

A adequação jurídica é uma das principais dúvidas que surgem com a flexibilização prevista pelo modelo híbrido de trabalho. No entanto, perante a legislação trabalhista, existem apenas duas possibilidades: o regime caracterizado como teletrabalho e o presencial. “A partir disso, é preciso avaliar a necessidade de cada atividade exercida pelo colaborador e, conforme prevê a CLT, poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual”, explica Fernanda Mainieri, Head de Legal & Compliance da Vexia.

Na Vexia, por exemplo, foi instituído que, em regime de teletrabalho, o colaborador possui uma dinâmica híbrida de interação com as dependências da empresa, mas preponderantemente (mínimo 60% do tempo) ele passa em casa. “Assim caracterizamos o teletrabalho na Vexia”, diz.

É essencial  que essas políticas estejam bem definidas, para que os contratos e outros pontos legais possam ser atendidos com tranquilidade. “É preciso estabelecer o regime como presencial ou remoto para provisionar todas as condições necessárias ao funcionário, inclusive benefícios, para que ele possa exercer suas atividades “, complementa.

#Tecnologia a serviço dos colaboradores

Trabalhar de forma remota não é apenas “entregar um notebook ao colaborador e pedir para que ele trabalhe de casa”, comenta Porto. É preciso garantir a infraestrutura e segurança das informações.

No mundo digital também há a questão referente aos processos repetitivos, que demandam tempo e são trabalhosos, exigindo foco do colaborador que a executa. Nesses casos, é comum a produtividade cair. “A empresa precisa pensar em soluções para os trabalhos repetitivos, porque a falta de atenção pode imperar em muitos casos”, diz Porto.

Tecnologias como Robotic Process Automation (RPA, na sigla em inglês) contribuem para trazer aumento na produtividade e garantir que os colaboradores foquem em trabalhos que demandam mais análises, criatividade, soluções ou habilidades específicas.

#Cultura e  gestão de pessoas

Mais do que propor novas maneiras de exercer as atividades cotidianas, é preciso que as pessoas se sintam cuidadas. Nesse sentido, uma abordagem de sucesso deve englobar duas facetas: cultura e bem-estar.

O primeiro está bastante atrelado à comunicação. “É preciso digitalizar e estabelecer sinergia entre as comunicações interna e externa. Se a empresa não tiver um perfil em alguma rede social, por exemplo, precisa criar e garantir que a linguagem entre os diversos pontos de contato esteja alinhadas”, sugere Porto.

Com relação ao bem-estar, muitas empresas repensaram estratégias para garantir que seus colaboradores, além de trabalhar, estivessem cuidando de si, assegurando o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal – uma linha que se tornou muito tênue na pandemia.

Assim, a adaptação das rotinas do presencial, que se traduzem em proximidade e efetividade, é uma boa pedida. “Se já havia reuniões diárias, elas devem permanecer. Feedbacks também não podem faltar para fazer gestão inteligente”, afirma Daniela Secarechio Míssio, consultora de RH da Vexia.

Para ela, a importância do contato rotineiro é garantir também um suporte emocional. Na Vexia, por exemplo, alguns serviços com foco no bem-estar foram integrados ao virtual, como ginástica laboral duas vezes por semana, além do programa de apoio psicológico. Este, sem a intervenção da área de Recursos Humanos, para que o colaborador realmente se sinta acolhido e confortável em procurar um profissional se estiver precisando de apoio.


Além disso, a companhia envia o que chamam de “lembretes” para todos os colaboradores com dicas sobre como ter uma alimentação mais saudável, exercícios físicos para fazer em casa ou mesmo orientações para deixar o home office mais confortável.

“É comum as pessoas confundirem a vida pessoal com a profissional. E a proposta é ajudá-las a balancear melhor essa equação”, enfatiza Daniela.

Com uma abordagem consultiva, a Vexia possui profissionais multidisciplinares especializados em auxiliar o seu negócio a endereçar os mais diversos desafios quando o assunto é gestão híbrida.

Entre em contato com um de nossos consultores e descubra como pode ser mais simples aderir às novas dinâmicas de trabalho que o futuro exige.

Daniela Secarechio Missio
Consultora de Recursos Humanos
Fernão Geribello Porto
Head de Planejamento e Desenvolvimento Operacional
Fernanda Mainieri
Head Legal & Compliance