Já que Transformação Digital passou a ser uma questão de sobrevivência para as empresas, atingir a Maturidade Digital também virou uma questão de tempo. Afinal, uma coisa está ligada a outra e ambas são imprescindíveis no atual contexto global. De forma planejada ou a toque de caixa, o fato é que as organizações estão buscando a Transformação Digital em algum nível, mas nem todas procuram medir o seu Índice de Maturidade Digital (IMD) antes de começar tal jornada.
Desenvolvido para retratar o nível de integração das tecnologias aos processos diários da companhia, a visão que o IMD fornece é fundamental para criar um planejamento estratégico até à almejada maturidade – quando os processos digitais não só estão implementados, mas em uso por todos os gestores e colaboradores. As pesquisas de mercado apontam relação direta entre maior lucratividade e cultura digital consolidada, cerca de 20% acima nos lucros -, além de outros avanços em compliance, governança e colaboração.
“É importante a empresa se localizar. Saber se está no caminho certo ou se fez pouco quando comparada ao mercado e seus concorrentes, e assim traçar um plano”, explica Ricardo Castro, vice-presidente da área de Digital Technology Solutions (DTS). Dessa forma, o índice de maturidade torna-se um importante indicador de quais ações e investimentos priorizar. “Se preciso melhorar a interface do meu site, gerenciar melhor minhas redes sociais ou usar aplicativos corporativos no meu RH”, exemplifica Castro.
De acordo com Marcelo de Cillo, head de Sistemas da Vexia, o índice de maturidade digital não é um meio e nem um fim, é uma situação momentânea desse organismo vivo que são os negócios e serviços digitais. Um retrato do preparo da companhia para atender as expectativas digitais dos clientes, colaboradores e demais stakeholders.
Níveis de Maturidade Digital
O centro de pesquisa MIT Digital Center em conjunto com uma empresa de consultoria estabeleceu quatro categorias para retratar o nível de maturidade digital de uma companhia:
Iniciantes: possuem poucas capacidades digitais, limitam-se a aplicações mais tradicionais. Obtêm lucro até 24% menor do que a concorrência, ficando atrás na competição por não investirem em projetos mais arrojados de tecnologia.
Fashionistas: experimentaram diversas aplicações digitais, algumas criaram valor, porém muitas não geraram resultados. Essa variabilidade impacta negativamente o lucro, gerando resultados até 11% abaixo da concorrência.
Conservadores: privilegiam segurança em vez de inovação, realizam investimentos seletivos, mas consistentes, em tecnologia e mídia digital. Essas empresas obtêm lucro até 9% maior do que seus concorrentes, mostrando que, apesar do conservadorismo, a coerência dos investimentos em digital com estratégia é recompensada.
Digirati: realizam investimentos agressivos em digital alinhados com visão estratégica e capacidade de execução. Conseguem lucro 26% maior que o dos concorrentes, utilizam as mídias digitais para gerar vantagem competitiva e realizam iniciativas que são alinhadas com a estratégia de negócios.
Tais categorias trazem parâmetros, no entanto, foram feitos a partir de empresas estrangeiras. Por isso, a ESPM criou seu próprio método para medir o Índice de Maturidade Digital por meio de pesquisas e análises de diferentes setores do mercado brasileiro como automotivo, bancário, telecomunicações e eletro / eletrônicos.
Método ESPM de Maturidade Digital
O modelo foi desenvolvido com o objetivo de garantir que a presença digital esteja alinhada com a estratégia de negócios, contribuindo para a geração de valor e competitividade das empresas. O IMD da ESPM utiliza a ferramenta de planejamento estratégico Balance Scorecard (BSC) e pode ser aplicado por empresas de diversos portes baseado em quatro passos:
Passo 1: montagem do mapa estratégico da presença digital da empresa: definição dos objetivos estratégicos da empresa. Classificação dos objetivos por dimensões (Financeiro, Clientes, Processos Internos e Aprendizado/Crescimento), estabelecimento das relações de causa e efeito.
Passo 2: definição dos indicadores que fazem parte do IMD: levantamento dos indicadores para mensurar os objetivos estratégicos; estabelecimento de metas; coleta de dados desses indicadores.
Passo 3: cálculo do IMD considerando o peso e o desempenho das variáveis: priorização das variáveis; estabelecimento de parâmetros de desempenho baseados em dados de pesquisa e série histórica. Cálculo do IMD através de média ponderada das notas de cada variável.
Passo 4: desenvolvimento de um painel de controle usando dados da presença digital da empresa: Desenvolvimento de gráficos que ilustram o desempenho das variáveis do IMD; Publicação do painel.
Depois do diagnóstico
Uma vez diagnosticada, as etapas e investimentos são priorizados com base nas características específicas de cada empresa e setor de atuação. Em parceria com a ESPM Consult, a Vexia é um facilitador dessa jornada digital, uma vez que conecta à metodologia da academia às necessidades de negócios dos clientes, implementando e gerindo soluções.
A Transformação Digital é algo que permeia a empresa inteira, mas a maturidade digital, em geral, acontece de forma gradual e distinta pelas áreas da empresa. “Talvez o aspecto cultural seja um dos mais desafiadores, pois a maturidade só é alcançada quando a cultura organizacional já foi transformada. Caso contrário, de nada adianta dinheiro, tecnologia e roadmap, se a mentalidade das pessoas não acompanhar”, completou Vinícius Scaramel, head de Inovação da Vexia.
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