Lean Thinking é uma filosofia de gestão com foco em eliminar sete tipos de desperdícios (superprodução, tempo, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos), usando processos contínuos de análise e produção à prova de falhas, o que inclui círculos de qualidade, sistema kanban, 5S, mapeamento da cadeia de valor, entre outras técnicas.

 

A melhora na qualidade dos produtos e serviços e a redução dos custos da produção são preocupações que estão há décadas dentro das empresas. Isso fez com que elas criassem metodologias de gestão para eliminar erros que poderiam impedir que esses objetivos fossem alcançados. Assim, surgiu o Lean Thinking.

Neste artigo, explicaremos o que é essa metodologia, bem como a sua inserção nos ambientes corporativos e, por fim, alguns dos “mandamentos” do Lean Thinking e erros a serem evitados. Confira!

O que é Lean Thinking?

Para nos aprofundarmos mais na metodologia, é importante esclarecer seu conceito. Basicamente, a ideia do Lean Thinking é aumentar o valor para o cliente, minimizando os desperdícios da empresa.

Criado entre 1948 e 1975, o também chamado Sistema Toyota de Produção é uma filosofia de gestão com foco em eliminar sete tipos de desperdícios (superprodução, tempo, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos). Para isso, são usados processos contínuos de análise e produção à prova de falhas, o que inclui círculos de qualidade, sistema kanban, 5S, mapeamento da cadeia de valor, entre outras técnicas.

O “lean” muda não só o foco do gerenciamento, mas também promove a otimização de tecnologias, recursos e departamentos para que os processos fluam com mais facilidade. Vale lembrar que, ao contrário do que muitos pensam, a metodologia não é aplicável apenas nas indústrias de manufatura, sendo também adequada a empresas de serviços, por exemplo.

Com a utilização desse sistema, a empresa consegue identificar, priorizar e eliminar desperdícios ao longo dos processos. Ou seja, é necessário menos esforço da equipe, menor espaço para a realização do trabalho, menor capital e tempo reduzido tanto na produção dos produtos quanto no oferecimento dos serviços. Consequentemente, isso nos leva a custos reduzidos e menos retrabalho, diferenciando-se assim das metodologias tradicionais de trabalho.

Quais os mandamentos do Lean Thinking?

Baseado no conceito que vimos até aqui, agora é o momento de conhecer alguns dos mandamentos que sustentam a metodologia e ajudam as empresas a conquistarem os benefícios trazidos pelo “lean”!

Pesquisar junto ao cliente o que é valor para ele

Não é a empresa que define o que é valor para o consumidor, e sim ele quem faz essa valoração. Por exemplo, o atendimento aos anseios e às necessidades é considerado um valor, bem com a qualidade dos produtos. Logo, a empresa precisa trabalhar para suprir essa demanda de maneira ágil. Entre as práticas a serem feitas, estão a melhoria dos processos, redução dos custos que poderão ser repassados ao preço final, entre outras ações.

Fazer um mapeamento do fluxo de valor

Para realizar esse mapeamento, a empresa precisa levar em consideração o que, de fato, gera valor para o cliente, como destacamos no tópico anterior, mas também o que não gera, mas que é fundamental para a continuidade dos processos. Esses dados ajudarão a identificar oportunidades de melhorias e a constituição do fluxo de valor.

Manter o fluxo de valor

Após definir quais os processos serão responsáveis por entregar o valor esperado pelo cliente, a empresa precisa manter o fluxo para dar continuidade ao desenvolvimento, à produção e à distribuição dos produtos. Somente assim será possível manter o valor para o consumidor e até mesmo aumentá-lo. Aliás, desenvolver esse trabalho permitirá a priorizar as ações a serem implementadas.

“Puxar” o fluxo de valor

Para realizar esta ação, a empresa precisa levar em consideração uma premissa básica: o produto não deve ser empurrado ao cliente, mas sim o consumidor “puxado” para realizar essa compra. Na metodologia “lean”, a empresa precisa acabar com os estoques por meio de descontos e promoções. Isso faz com que o cliente “puxe o valor”, evitando a superprodução (reduz-se a necessidade de estoque) e valorizando o produto.

Buscar a perfeição

O último mandamento da metodologia Lean Thinking é a busca pela perfeição. Para isso, a empresa precisa trabalhar continuamente no aperfeiçoamento de seus processos, fazendo com que todos os envolvidos, desde fornecedores até os gestores, tenham pleno conhecimento da cadeia de produção. Nessa busca, serão discutidas as dificuldades, realizadas correções no percurso e o compartilhamento das lições aprendidas, focando sempre na redução dos sete desperdícios que citamos no primeiro tópico.

Quais erros não podem ser cometidos ao enxugar as operações de uma empresa?

Antes de enxugar as operações da empresa para reduzir custos, é necessário levar em consideração alguns fatores. Lembre-se de que fazer isso sem critérios bem embasados pode levar a organização a reduzir a sua competitividade, pois ela perde ao não entregar para o cliente aquilo que ele espera.

Não ter uma estratégia definida

Um dos maiores erros das empresas é não determinar antecipadamente a direção a ser tomada na aplicação do Lean Thinking. A estratégia adequada atribui as responsabilidades de cada um e também os recursos que serão comprometidos.

Além disso, os gestores devem decidir qual será a ordem de implementação dos processos, por onde começar e como a metodologia se expandirá no negócio ao longo do tempo. Sendo assim, é necessário antecipar cenários e problemas que podem surgir.

Não envolver os colaboradores diretamente

Outra falha é não engajar os colaboradores na iniciativa. A participação dos funcionários na tomada de decisões do projeto é um princípio básico, pois ela afeta diretamente a inovação, a produtividade e a satisfação no trabalho, uma vez que eles que têm contato direto com os processos.

Logo, é fundamental treinar os funcionários quanto à metodologia. O conteúdo e a profundidade dos treinamentos devem variar conforme as necessidades e atividades da empresa.

Ter métricas conflitantes

O Lean Thinking requer métricas que se concentrem nos processos de criação de valor e nos custos associados. Por exemplo, utilizar métricas de desempenho individual por máquina ou empregado podem levar à aplicação inadequada da metodologia. É importante contar com medidas que se concentram no desempenho do todo na entrega de valor ao cliente.

Para suprimir esses erros, a melhor iniciativa pode ser terceirizar a aplicação da metodologia. O serviço de outsourcing permitirá a conquista da excelência operacional e maior confiabilidade na hora de adaptar o negócio ao Lean Thinking. Como há especialistas envolvidos na criação dos quadros de qualidade e gestão da quantidade da produção, existe a garantia de um ciclo de melhoria contínua, além da redução de custos.

Como pudemos ver ao longo do artigo, a metodologia Lean Thinking exige conhecimento detalhado dos gestores antes de sua implementação para que o processo seja aplicado com mais eficácia e sem erros.

Caso queira contratar esse serviço ou apenas conhecer um pouco mais sobre o método, baixe o Manual Prático da Filosofia Lean!