Especialmente nos últimos anos, a gestão de supply chain vem ganhando um espaço cada vez maior nas empresas.

Especialmente nos últimos anos, a gestão de supply chain vem ganhando um espaço cada vez maior nas empresas. Já se tornou, assim, ponto estratégico para qualquer negócio! Com isso, a fim de aprimorar os processos na cadeia de suprimentos, diversas práticas e tecnologias foram implementadas, trazendo benefícios que vão muito além do setor de compras, capazes de reduzir custos e aumentar a margem de lucro da empresa.

Preparamos este post justamente para apresentar as principais estratégias na gestão de supply chain. Então confira agora mesmo!

Entenda o potencial estratégico do supply chain

A importância da gestão de supply chain se dá pelo fato de que todas as etapas do ciclo de vida de um produto envolvem ações específicas, igualmente importantes. Juntamente com as áreas de marketing e vendas essa gestão lida diretamente com a acuracidade da demanda, por exemplo, avaliando os produtos que vendem mais, aqueles que vendem menos e em qual período isso acontece. Na verdade, o planejamento de supply chain começa aí!

Por meio do Supply Chain Management (SCM), é possível ter um estoque adequado, nem alto, nem baixo, o que ajuda a reduzir custos. Além disso, com uma boa gestão de supply chain, o gestor tem ferramentas e indicadores suficientes para identificar gargalos nos processos de compra, de armazenagem e distribuição, conseguindo detectar o que está causando atrasos. Assim fica bem mais fácil definir estratégias para diminuir o prazo de entrada dos produtos no mercado e analisar gastos para uma potencial redução de custos.

Um dos principais objetivos do supply chain management é otimizar as sinergias (elos de cooperação) entre os diversos setores da cadeia produtiva, desde vendas e marketing até compras e faturamento.

Para reduzir custos, é preciso simplificar as operações relacionadas ao fluxo de informações, ao transporte e à armazenagem. Com esse objetivo, uma prática recomendada é estabelecer reuniões regulares para fins de planejamento. Nesse encontro, é importante que todas as áreas estejam presentes: vendas, planejamento de produção, suprimentos e logística. A periodicidade dependerá do tipo de indústria — algumas indústrias de cosméticos, por exemplo, fazem a cada 21 dias e a automobilística, geralmente, a cada 30 dias.

Calcule o Total Cost of Ownership (TCO)

O custo total de aquisição envolve um levantamento de todos os custos relacionados a um produto ou ativo no decorrer do seu ciclo de vida na empresa. Isso inclui não somente os gastos de aquisição desse bem, mas também aqueles relacionados a sua implantação, instalação, operação, manutenção e atualização.

O TCO vai descobrir, por exemplo, quanto custa adquirir e manter um determinado produto ao longo da cadeia de suprimentos, desde a compra até o repasse ao consumidor final. Assim fica fácil entender que o preço pago pelo produto ou serviço é apenas uma parcela do seu custo total. É, por isso, um processo diretamente ligado à área de compras.

Vale fazermos aqui uma ressalva: principalmente no Brasil, é preciso levar em conta os tributos. Assim, avaliar o custo total significa analisar todos os fatores, por menores que pareçam ser — desde o custo em si da mercadoria, passando pelos impostos até chegar ao frete.

Conheça soluções de e-procurement e e-sourcing

E-procurement e e-sourcing são plataformas on-line que ajudam as empresas nos processos de cotação, negociação, contratação e aquisição de produtos e serviços. Essas ferramentas ligam fornecedores e compradores por meio de tecnologias que otimizam e agilizam o contato.

Tais recursos facilitam (e muito) até a vida do comprador, dando mais transparência ao projeto. Já que o processo de cotação e compras é feito dentro da própria plataforma, tudo fica muito mais simples.

Hoje, a empresa que não conta com esse tipo de solução trabalha basicamente por meio de planilhas e e-mails. Com a ferramenta, no entanto, toda a gestão de compras é substituída por um único recurso. Tendo os dados unificados em uma mesma plataforma online, todos têm acesso simultâneo às informações, o que facilita a audição. Por sua vez, isso proporciona transparência e robustez ao processo. Como funciona na nuvem, é possível acessar a solução a partir de qualquer dispositivo, desde que conectado à internet.

Por fim, é preciso destacar que as plataformas de e-sourcing e e-procurement são bem flexíveis e democráticas, atendendo a vários perfis de compras, das empresas menores aos grandes conglomerados.

Homologue seus fornecedores

A homologação é uma etapa inicial fundamental para garantir que o abastecimento de produtos e insumos seja realizado com segurança por um fornecedor confiável. Afinal, o atraso ou mesmo a não entrega dos itens necessários à produção e à venda pode simplesmente paralisar os processos da empresa. Por isso, os seguintes aspectos do fornecedor devem ser avaliados:

  • competência técnica;
  • saúde financeira;
  • viabilidade jurídica;
  • histórico;
  • questões fiscais.

Pode acreditar: esse cuidado prévio reduzirá as chances de falhas e de atrasos nos processos relacionados à cadeia de suprimentos.

Assegure o compliance dos suprimentos

Uma empresa que preza pelo compliance se certifica de que a legislação, as normas éticas e as demais diretrizes da corporação estão sendo seguidas em todas as etapas da gestão de supply chain. E esse é um problema crítico em muitas corporações.

Segundo um estudo realizado pela Deloitte, por 3 anos seguidos, cerca de 30% das empresas entrevistadas detectaram fraudes em sua cadeia de suprimentos. Em vista disso, o combate à corrupção tem sido tema central de discussões políticas. Sem contar que a tendência é que as leis exijam cada vez mais transparência e as punições sejam ainda mais frequentes e pesadas.

É importante implementar estratégias que se proponham a analisar e identificar riscos nas relações comerciais com fornecedores, reduzindo assim as chances de esquemas de fraudes e outras ilegalidades nas operações. Também relacionadas à gestão de supply chain, essas ações evitarão que a empresa se exponha a multas e encargos onerosos.

Trabalhe com indicadores

O uso de indicadores de desempenho (KPIs) é fundamental para a gestão de supply chain. Afinal, não é possível gerenciar aquilo que não pode ser mensurado e quem não mede não consegue descobrir onde precisa melhorar. Por essas e outras, KPIs precisam estar presentes em todas as fases do processo! Essa estratégia é tão importante que, muitas vezes, a própria ferramenta de e-procurement informa automaticamente alguns desses indicadores.

Alguns dos indicadores mais importante e amplamente empregados são:

  • saving, que indica o nível de economia em uma compra;
  • evolução de preços, que aponta a oscilação dos valores de produtos e serviços;
  • custo de suprimentos, que mostra a relação percentual entre o preço do produto e as vendas da companhia;
  • prazos, que indicam o tempo de entrega;
  • devoluções, que trazem a relação percentual entre devoluções e vendas efetivadas.

Terceirize o que puder

Por meio do outsourcing, a empresa delega para uma companhia parceria aquelas tarefas que não fazem parte de seu escopo de atividades principais. Dessa forma, a organização consegue manter o foco no core business. Entre os serviços de supply chain que podem ser terceirizados estão:

  • a gestão de pedidos de compra;
  • gerenciamento de contratos;
  • o cadastramento de materiais e fornecedores;
  • a gestão de viagens e frotas de veículos;
  • a reprografia.

Ao passar essas atividades para uma empresa especializada, os gestores obtêm êxito por contarem com profissionais sempre capacitados e atualizados, além de, a partir daí, poderem liberar os colaboradores para que foquem no que realmente interessa ao negócio.

Prepare-se para o futuro

Pelo menos até o momento, não existe outro caminho: sobreviverão as empresas que souberem usar as novas tecnologias a seu favor. E uma das revoluções que têm ajudado bastante a gestão é o Business Intelligence (BI): processo de coleta, organização e análise de dados para dar base às decisões nos negócios. Por meio desse instrumento, é possível usar os indicadores automaticamente, acompanhando as informações online, como:

  • base de dados;
  • perfil do cliente — o que ele acessa e como acessa;
  • compras realizadas e abandonadas;
  • formas de pagamento preferidas.

Todos esses registros são necessários para a empresa entender com quem exatamente está lidando e aprimorar seus processos.

O que temos observado hoje é que a gestão de supply chain se despiu de seu caráter meramente operacional, assumindo uma posição estratégica nas organizações. Então coloque logo essas principais práticas em ação para ver os resultados com seus próprios olhos!

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