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Tudo virou serviço? Entenda a diferença entre Saas, PaaS, IaaS e mais!

Tudo virou serviço? Entenda a diferença entre Saas, PaaS, IaaS e mais!

Gestão de negócios
27/12/2017

Nos últimos anos, uma série de soluções que antes eram vendidas como produtos passaram a ser oferecidas como serviços. Hoje, a Adobe oferece seus softwares por meio de um serviço de assinatura; o Spotify distribui álbuns e músicas com a possibilidade de pagar mensalmente; pessoas deixam de comprar carros para andar de Uber; e assim por diante.

Atualmente, há diferentes modelos de serviço e todos eles podem ser vantajosos. Contudo, para explorar as possibilidades existentes é preciso conhecê-las e saber distingui-las.

Por isso, preparamos este artigo com a diferença entre SaaS, PaaS, IaaS, além de explicar diversas questões dessa nova era dos negócios. Acompanhe!

A economia baseada em serviços

A economia baseada em serviços veio com força total no mundo todo. Claramente, a tendência é que as relações comerciais estarão cada vez mais baseadas em serviços. E no setor de TI, especialmente, essa realidade chega ainda mais cedo.

As ofertas de TI em serviço estão modelando negócios e tornando-os mais lucrativos. Atualmente, muitas empresas que adotam esse modelo têm consumidores recorrentes, contando com uma receita garantida e previsível todos os meses. Nada mal, não é mesmo?

Por que as empresas estão adotando modelos de serviços?

Na economia dos serviços, o custo com aquisição de clientes cai, a dependência e esforço com produtos e atividades que não são o foco do negócio (core business) diminui e a rentabilidade aumenta. Por exemplo, um aplicativo pode priorizar mais em seu formato de aquisição de clientes e planos ao invés da escalabilidade do servidor em datacenters e na nuvem.

Nesse modelo, é possível reduzir os investimentos. Cada pessoa ou empresa consome o serviço de acordo com a sua necessidade, sem desperdícios ou gastos que não sejam essenciais. O consumidor diminui muito ou, praticamente, resolve a questão de ter artigos desnecessários.

Isso se aplica no mercado de tecnologia. A ideia é que você tenha disponibilidade de recursos de acordo com sua demanda de TI, sem precisar investir antecipadamente ou contratar acima do que realmente será utilizado.

O que é SaaS?

Software como serviço (software as a Service). No modelo clássico, quando uma empresa precisava de um sistema, ela adquiria um computador (servidor); precisava ter um data center, colocar um computador (servidor) lá dentro, comprar um sistema e instalar esse sistema para depois começar a utilizá-lo.

Com a tendência de serviço, isso não existe mais. Você simplesmente compra o sistema que necessita como um serviço. É o fornecedor que tem a responsabilidade de entregar o que você precisa, sem exigência de compras de software e hardware e toda a infraestrutura de data center.

As vantagens são a redução de custos, a facilidade e simplicidade das soluções. Além disso, tornou-se muito mais rápido contratar o serviço e deixá-lo funcionando.

Qual o conceito de PaaS?

Plataforma como serviço. Nesse caso, um provedor de serviços oferece acesso a um ambiente na nuvem no qual os usuários podem construir e fornecer aplicativos. Nesse ambiente, os usuários têm acesso a armazenamento e outros recursos de computação, podendo usar ferramentas pré-montadas para desenvolver, personalizar e testar seus próprios aplicativos.

Em outras palavras, PaaS também ajuda a possibilitar SaaS. Afinal, PaaS é o serviço de hospedagem e implementação de hardware e software usado, por exemplo, para oferecer software como serviço na internet. Alguns exemplos de empresas que trabalham com esse modelo são UMBLER, Oracle e IBM.

Mais uma vez, o custo e a facilidade de implementação são os principais benefícios. As soluções de PaaS permitem que aplicativos e softwares sejam disponibilizados com uma pequena fração do preço que um desenvolvedor teria ao construir a plataforma por conta própria.

E a diferença para IaaS?

IaaS significa infraestrutura como serviço. Similar ao PaaS, porém nesse caso haverá o fornecimento em nuvem exclusivamente dos recursos de infraestrutura básica como: Servidor, Sistema Operacional e Banco dados, para que as empresas que desenvolvem aplicativos ou necessitam usar aplicações especificas, possam rapidamente instalar e disponibilizar seus sistemas de informação para seus clientes e colaboradores. Sem a necessidade de investimentos em equipamentos e com a possibilidade de escalabilidade imediata. Esse serviço tem apresentado um grande crescimento num mercado com a presença de grandes fornecedores como Microsoft,  Amazon e IBM

As vantagens claras são as reduções — muitas vezes drásticas — de custo com equipamentos, pessoal, softwares e treinamentos, além de evitar muita dor de cabeça.

É o caso da Vexia, que é uma empresa especializada em fornecimento de serviços BPO (Business Process Outsourcing ou Terceirização de Processos de Negócio). Por exemplo, uma instituição que queira fazer sua folha de pagamento poderá contatar pessoas para o RH, comprar computadores e servidores, selecionar e adquirir um sistema para processar a folha de pagamento, implementar e operar o sistema e ainda, contratar profissionais de Tecnologia da Informação para suportarem todas as necessidades de atualização e manutenção dos computadores e sistema ou, como alternativa, pode contratar o BPO para a Folha de Pagamento.

O exemplo da IBM

Ao invés de comprar software e um hardware para colocar esse software, é possível usar ambos como serviço. Por exemplo, uma empresa pode comprar da IBM uma infraestrutura de processamento de dados, quantidade de memória, armazenamento, etc. O que a IBM entregará é basicamente um ambiente para instalação. Nele, haverá uma infraestrutura como serviço.

A empresa contratante determina a quantidade de processamento e de memória e contrata essa infraestrutura como um serviço. Se precisar de mais memória, em vez de comprar algo físico, a memória adicional também será contratada como serviço. Isso é IaaS.

Quais outras ofertas estão disponíveis?

DaaS

Desktop como serviço. Toda empresa, atualmente, ainda precisa ter um computador, da mesma forma que é preciso ter um telefone para possuir uma linha e um número. Qualquer instituição pode ir a uma loja e comprar uma série de computadores. Contudo, também é preciso cuidar da manutenção e ter softwares para segurança; comprando, instalando e configurando esses programas.

Esse computador, à medida que o tempo passa, começa a ficar obsoleto e precisa ser trocado. Na troca, o que é feito com os dados? Você troca todos de uma vez ou apenas alguns? A gestão desse parque e dessas trocas é um trabalho enorme que exige uma equipe.

Como alternativa, uma empresa pode contratar 50 desktops como serviço, por exemplo. Nesse pacote, há um desktop físico e com ele todo um pacote de itens agregados. Portanto, não há mais a necessidade de se preocupar com manutenção e com atualização de software. Você adquire um serviço, e não somente um desktop.

Em comparação, é como se fosse alugar um carro. Você só tem de pôr gasolina. No caso do desktop, é preciso apenas de uma tomada para conectar na rede de energia e uma rede de dados para conexão com o mundo exterior. Mais uma vez, os custos e a estrutura são reduzidos.

XaaS

É o modelo de serviço levado ao extremo. Funciona como um escritório todo alugado, isto é, uma empresa sem um local físico.

Algumas vezes por semana, essas pessoas que compõem a empresa precisam se encontrar. No entanto, esses encontros são feitos em um local onde há equipamento como serviço e também sistemas como serviço. Assim, elimina-se a estrutura física. A equipe passa a trabalhar baseada totalmente na estrutura de serviços.

Como vantagem, pode-se estabelecer uma disponibilidade de recursos mais adequada à sua necessidade. Torna-se fácil atualizar e escalar os recursos, pois conforme a organização aumenta de tamanho, são os fornecedores que têm de correr atrás de equipamento. Não é preciso nem sequer se preocupar com mudança de local com o crescimento da empresa. Esse é o conceito de XaaS.

A grande vantagem da economia baseada em serviços é adequar a disponibilidade à necessidade de cada empresa ou usuário, eliminando desperdícios e evitando a antecipação de investimentos. Não é por acaso que, atualmente, cada vez mais necessidades das empresas são supridas por esse modelo. Isso ocorre principalmente quando essas demandas não estão vinculadas ao core business da empresa, como o caso já citado de processamento da folha de pagamento.

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Colaborou conosco Marcelo de Cillo, Gerente de Sistemas da Vexia. Com mais de 25 anos de atuação na área de Tecnologia da Informação, com foco na área de Sistemas passou, por empresas como Arno, Bombril e Camargo Correa, atuando em cargos técnicos e gerenciais em projetos e operação de processos nas áreas de Tecnologia. Graduado em Matemática, pós-graduado em Administração Industrial pela Fundação Vanzolini e com MBA em Governança de TI pelo IPT em São Paulo, Marcelo participou ao longo da sua carreira de importantes projetos de transformação digital.

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