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Qual a nova tendência do mercado?

Qual a nova tendência do mercado?

Tecnologia e Inovação, Transformação Digital
03/02/2023

Com as gigantes e velozes transformações do mundo digital, vivemos cada vez mais rápido ondas de inovação.

Em 2022 assistimos toda a empolgação e consequente especulação do mercado de tecnologia com as possibilidades do Metaverso. 

Apesar do conceito ter sido criado ainda na década de 1990 e os primeiros passos reais da tecnologia datarem de alguns anos atrás, foi em 2021 e 2022 que vimos o assunto crescer para fora da bolha das big techs. 

Esse movimento não é exclusividade do Metaverso como mostra o gráfico abaixo da empresa de consultoria Gartner Group em que podemos observar o comportamento de uma tecnologia no mercado. 

Vemos o lançamento da tecnologia, ainda imaturo, o pico de expectativas quando enxerga-se potencial na inovação, o movimento de desapontamento em função da grande expectativa depositada, o crescimento -desta vez- moderado da aplicação da tecnologia e, por fim, sua linha de produtividade aproveitada pelo mercado. 

 
Gartner cycle for emerging tech

Do mesmo modo que vimos o assunto Metaverso entrar em ascensão, assistimos também ele esfriar. Apesar de ainda ser a promessa do mundo digital, o Metaverso avançou na jornada de comportamento das inovações e entrou em sua curva de “desapontamento”.

Mesmo com a certeza da aplicação da tecnologia, o mercado passa, por fim, a enxergar a real utilização para negócio e sai da fase eufórica. 

Da mesma forma que a vida útil de uma tendência a faz sumir das conversas do mercado, também deixa margem para outras tendências surgirem.

É o que assistimos agora.

Chat GPT

O Chat Generative Pretrained Transformer (GPT) é a nova sensação tecnológica do momento e promete um diálogo hiper-realista e uma melhor experiência para o usuário.

Ao contrário dos chatbots mais conhecidos, o diálogo do Chat GPT não é pautado apenas em caminhos pré estabelecidos que o usuário possa ter com a empresa, mas sim formulados na hora.

Nesse sentido, a tecnologia é um algoritmo em forma de interface digital entre a empresa e o usuário, treinado por uma variante do algoritmo de transformadores chamado “Transformer-based Language Model”, programado na linguagem Python de programação.

A grande diferença é a utilização do Machine Learning e redes neurais -criadas para o chat- com o objetivo de proporcionar um modelo de linguagem personalizado, assertivo e resolutivo.

Ao ser questionado sobre sua autoconsciência, o Chat GPT responde: “Eu sou uma máquina de processamento de linguagem treinada por OpenAI e não tenho consciência. Eu apenas processo informações e forneço respostas baseadas nas informações disponíveis no meu banco de dados”.

Da mesma forma que acumulamos conhecimento ao longo do tempo e, através de informações e experiências, aprendemos a nos comunicar e conversar adequadamente em diferentes situações, a tecnologia, tendo como base seu banco de dados, aprende a elaborar respostas adequadas às perguntas ou comandos feitos.

O Chat GPT é uma demonstração clara de como a inteligência artificial vem sendo utilizada para estratégias de customer centricity. 

Investir no relacionamento digital com o cliente é, ao mesmo tempo, otimizar e escalar processos importantes, mas também estreitar os laços com um cliente que pede cada vez mais personalização.

É possível, inclusive, fazer uma correlação com a mentalidade ambidestra.

Em uma única estratégia são aplicados investimentos em inovação e excelência no corebusiness, através da otimização do relacionamento com o cliente.

Além do Chatbot

Ingenuidade é achar que uma ferramenta baseada em redes neurais e Machine Learning teria apenas uma só funcionalidade.

Em outras palavras, além da utilização para atendimento, a tecnologia pode ser aplicada em atividades criativas como:

  • Campanhas de marketing.
  • Desenvolvimento de códigos.
  • Criação de conteúdo para redes sociais.
  • Elaboração de textos.

A especulação do mercado digital é que o Chat GPT seja uma grande ferramenta presente na rotina de criadores de conteúdo. Dois recursos -tecnológico e humano- alinhados ao foco no cliente.

OpenAI

Muitas vezes, com a rápida ascensão de tendências do mercado, perdemos o início da história, bem como o contexto gradual das inovações.

O Chat GPT foi lançado em 2018 ainda em versões iniciais pela empresa OpenAI. Em novembro de 2022, o mercado recebeu a versão GTP 3.5.

A startup responsável pela tecnologia foi criada em 2015 pela súmula dos gigantes da tecnologia. Elon Musk (Tesla, Space X, Paypal e outras), Sam Altman (Y Combinator), Reid Hoffman (LinkedIn) e outros investidores apostaram no desenvolvimento de tecnologias com base na inteligência artificial.

Hoje, Elon Musk não faz mais parte do board da empresa com decisões ativas, mas ainda é um investidor da organização.

Ao longo da jornada, a Open AI cativou a atenção de outras empresas do ramo, como a Microsoft, que realizou um investimento em 2019 e outro, ainda maior, -multibilionário- em 2023.

O primeiro grande sucesso da empresa foi a ferramenta Dall-E capaz de gerar imagens de alta qualidade a partir de um banco de dados.

Chat GPT na prática

O Chat GPT está hoje em seu pico de expectativas. 

A tecnologia ganha em média 10 milhões de usuários por dia, de acordo com Brett Winton, Chief Futurist na Ark Investment Management. 

Para utilizar a versão GPT 3.5, basta acessar o site da plataforma, criar um cadastro, realizar a verificação humana e validação do contato móvel, acessar a página principal e inserir um comando na caixa de texto disponível.

Ao passo que mais contas acessam à plataforma e mais comandos são analisados, maior é o banco de dados da inteligência do Chat GPT e maior a otimização do conteúdo oferecido.

Eventualmente, mais questionamentos surgem a partir da análise da ferramenta no mercado.

É seguro? Veremos mais aplicações da ferramenta? Como ela será inserida na rotina das empresas?

O mercado assiste à jornada do Chat GPT e constrói com ele novos capítulos da transformação digital.

Qual será a próxima onda depois do Chat GPT?

Em suma, é imprescindível que as empresas façam uma gestão estratégica de inovação, com cautela em relação à fase de euforia, buscando, dessa forma, uma visão racional, para entender justamente quais dessas tecnologias têm potencial de alto impacto em seus negócios.

Saber testá-las com uma visão sistêmica também é essencial, pois a interface com o atual legado é incontestável. 

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