Saiba como fazer da mobilidade corporativa sua estratégia para aumentar a força de vendas.

Em muitas empresas, o trabalho remoto surge como estratégia para aumentar a força de vendas — inclusive substituindo os altos custos de filiais geograficamente dispersas por diversas regiões do país. Já em outras, engenheiros fiscalizam o canteiro de obras por meio de sistemas de controle acessados em tablets.

Há ainda as organizações pulverizadas, com gestores de diversas partes do mundo estabelecendo conexões por teleconferência e atuando em conjunto por sistemas acessados a partir de dispositivos móveis.

Poderíamos aproveitar para falar também sobre o Bring Your Own Device (BYOD), adotado por 54% das empresas nacionais, ou quem sabe do home office, que reduz custos e aumenta a produtividade. A verdade é que tudo isso é mobilidade corporativa.

Apoiada na disseminação dos gadgets como instrumentos básicos de comunicação digital, nas tecnologias modernas de transmissão de dados móveis e em inovações como cloud computing, Big Data e Internet das Coisas, a mobilidade corporativa passou a permitir uma infinidade de possibilidades.

Vamos hoje explorar o conceito de mobilidade corporativa, mostrando como esse fenômeno tem reposicionado muitas organizações no processo de transformação digital. Acompanhe!

O que é mobilidade corporativa?

Essa pergunta costuma ter múltiplas respostas, dependendo de quem a responde. Se você questiona um executivo de vendas, ele provavelmente dirá que mobilidade corporativa é a possibilidade de gerenciar equipes externas a distância. Se pergunta a um CEO, possivelmente ouvirá que se trata de tomar decisões e gerir as ramificações da organização on-line, a partir de qualquer ponto do mundo, simplesmente acessando um dispositivo móvel.

Já um gerente de projetos deve dizer que mobilidade corporativa é ter equipes multidisciplinares espalhadas por diversos pontos, trabalhando em conjunto remotamente. No entanto, por mais que todas essas respostas estejam certas, há muito mais a ser dito.

Entenda: a remoção da geografia como barreira para a consolidação dos negócios é muito mais que uma tendência. Em um mundo de extremo dinamismo, capaz de produzir quintilhões de bytes diariamente e cercado por consumidores globais, a mobilidade corporativa se tornou alavanca para reduzir custos, elevar padrões de qualidade e ampliar a produtividade empresarial.

E esse fenômeno da transformação digital tem ido muito além do BYOD e do home office. Diversas organizações têm conjugado mobilidade com outras tecnologias, como a Internet das Coisas (IoT). Com os dados empresariais alocados na nuvem e a possibilidade de gerir máquinas a distância, já até surgiram casos na indústria de uso da microlocalização para informar a uma chave de torque qual peça está fixada a determinada máquina. O que isso tem a ver com mobilidade corporativa? Tudo!

A virtualização, a alocação de informações na nuvem e a gestão remota de dados, de pessoas e de equipamentos são pressupostos básicos para permitir que, um dia, sua empresa desfrute de recursos como esses. Estamos falando de inteligência operacional calibrada pela mobilidade corporativa.

Quais são os pilares da mobilidade corporativa?

A mobilidade corporativa tem 3 pilares como base: cloud computing, dispositivos móveis e comunicação unificada. Antigamente, quando falávamos em telefonia, estávamos nos referindo apenas à voz. Hoje, no entanto, falamos de comunicação unificada, um conceito de telefonia convergente que une voz, vídeos e dados.

Atualmente, a mobilidade é ofertada aos colaboradores com foco na colaboração e na interação. Pense em uma grande corporação que tem um escritório central e vários outros espalhados por diversas cidades. Nesse caso, não é difícil presumir que eficiência e rapidez são adjetivos nunca usados para qualificar a tomada de decisões desse negócio sem mobilidade corporativa.

Na prática, é preciso oferecer às equipes maneiras de facilitar a comunicação e quebrar as barreiras da distância geográfica. E isso passa necessariamente pela forma como a empresa se comunica, como transmite seus dados e como integra processos, pessoas e informações.

Quais os desafios de adotar a mobilidade corporativa?

O maior desafio aqui não é implementar sistemas que rodem em dispositivos móveis — até porque essas tecnologias já estão bem consolidadas no mercado atual. Na realidade, os grandes problemas costumam estar na conectividade e na segurança. E, aliás, são justamente esses desafios que explicam o aumento da procura pelo outsourcing.

Conectividade

Quando o profissional está presente na empresa, conta com uma conexão estável, provavelmente de uma rede cabeada. Ao sair desse ambiente, porém, pode ficar mais difícil manter essa estabilidade. Dependendo da localização, comunicar-se por meio do 3G ou do 4G pode ser um desafio, bem como encontrar um local com uma rede wireless.

Tem-se, com a mobilidade, uma solução definida, que oferece a possibilidade de se comunicar com qualquer pessoa em qualquer lugar e de trabalhar remotamente. Entretanto, o meio que viabiliza tudo isso deve ser foco de melhorias para possibilitar o alcance de resultados robustos.

Segurança

A implementação de estratégias de mobilidade corporativa deve ser acompanhada do suporte de um parceiro especialista em serviços de infraestrutura e gerenciamento de aplicações. O objetivo é evitar a ocorrência de uma das 4 vulnerabilidades mais comuns em projetos de mobilidade malsucedidos: ataques externos, vazamento de informações a partir dos equipamentos, vazamentos por imperícia dos usuários e ataques na comunicação entre dispositivos e sistemas.

Ataques externos

Esses ataques podem acontecer por SMS, e-mail, bluetooth ou mídias removíveis inseridas no dispositivo móvel. Muito além do endpoint, é importante implementar barreiras de segurança diretamente ligadas ao acesso aos sistemas.

Vazamento de informações a partir dos equipamentos

Para que os dados corporativos não fiquem à disposição de terceiros se um colaborador perde o smartphone, por exemplo, é imprescindível que os equipamentos tenham senha para desbloqueio de funções, que possam ser inutilizados a distância ou que os dados possam ser deletados remotamente. Aqui entra a importância da TI para o sucesso das políticas de mobilidade corporativa.

Vazamento de informações por imperícia dos usuários

Não basta trazer mobilidade para a empresa. É preciso treinar adequadamente os colaboradores, a fim de que eles entendam como usar seus gadgets sem expor o negócio a riscos. Vale lembrar que a maior parte das ocorrências de intrusões ocorre por falha humana.

Ataques na comunicação entre dispositivos e sistemas

A transmissão de informações deve ser sempre criptografada e trafegar em uma rede HTTPS. Seguir padrões mínimos de segurança da informação é essencial para reduzir as possibilidades de interceptações.

Que equipes podem ser responsáveis pelo projeto?

Como você pôde ver, a Tecnologia da Informação exerce um papel central no sucesso de qualquer projeto de mobilidade corporativa. Aqui está, portanto, a importância de contar com quem tem expertise em infraestrutura de TI e no gerenciamento de aplicações — estratégia de outsourcing.

Um parceiro especializado é capaz de fornecer toda a estrutura necessária para esse projeto, garantindo estabilidade de conexão e segurança no acesso a dados e sistemas. Afinal, não adianta ter uma solução rodando em um local não adequado. Você tem que ter todas essas conectividades de forma segura, tanto no acesso à informação quanto na rede.

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Colaborou com a produção deste post Ricardo Palomar, gerente de Telecomunicações da Vexia. Palomar é responsável por todo o setor, desde o planejamento até a área comercial. Com 22 anos de carreira em telecomunicação, já trabalhou com fornecimento, na Motorola e Siemens, e operação, na Brasil Telecom e Oi.