Recentemente, fizemos um compilado de análises para o ano de 2023 no cenário corporativo.
Confira aqui, as principais tendências para o próximo ano.
Dentre os insights levantados, ESG permanece como uma frente fortíssima para investimento por parte das organizações.
Os compromissos ambientais, sociais e de governança deixaram de ocupar o lugar de valor ético, apenas, e passaram a ser investimento financeiro.
Segundo o estudo Seeking New Leadership, realizado pela Accenture em parceria com o Fórum Mundial, empresas que se comprometem -na prática- com as questões ESG apresentam um lucro 20% maior do que as que ignoram o assunto.
Além da lucratividade, existe uma perceptível diminuição dos custos nas entregas e um poder de adaptabilidade maior por parte dessas organizações. Empresas que assumem essa responsabilidade apresentam maior capacidade de adequar seus serviços e produtos aos padrões de consumo do mercado.
Social
O pilar do meio da sigla, representado pela letra S, abrange todo o conceito de inclusão, diversidade e proporcionalidade. Hoje não se fala mais em ter um membro de algum grupo minoritário no quadro de profissionais, mas em ter a quantidade proporcional dessa minoria existindo no ecossistema da empresa, assim como existe na sociedade.
De acordo com uma pesquisa realizada pela McKinsey & Company, empresas com maior diversidade étnica e racial apresentam 35% mais chances de rendimentos acima da média do segmento atuante.
Quando falamos em inclusão e diversidade conversamos com a necessidade e a importância de certificar-se que na empresa existe espaço para todas as minorias. A diversidade de gênero, orientação, raça e necessidades especiais enriquece uma equipe.
O enriquecimento é notável em diferentes frentes. Empresas que apresentam maior inclusão entre seus stakeholders (profissionais, acionistas, clientes, fornecedores e afins) também apresentam, entre seus profissionais e entregas, mais resiliência, paciência, habilidade de trabalho em equipe, diferentes formações e pontos de vista, maior criatividade e também mais iniciativas inovadoras.
Mais do que cumprir uma obrigação legal, pensar e agir em prol da inclusão beneficia o rendimento da empresa. Diferentes visões de mundo decorrentes de trajetórias e condições diversas agregam valor aos processos e objetivos da companhia.
Quanto mais rico e variado um ecossistema é, mais inteligente ele se faz.
Como ter um ecossistema diverso?
A jornada rumo à diversidade deve ser vista como um benefício. Apesar da obrigação legal da inclusão, o aculturamento da empresa frente a essa questão deve ser trabalhado constantemente.
A infraestrutura e o mindset da organização devem ser ensinados a entender a importância dessa inclusão, que pode ser conquistada através de programas de inclusão, processos admissionais desenvolvidos por pessoas diversas, projetos desenvolvidos junto aos espaços inclusivos da comunidade que cerca a empresa e ações afirmativas por parte da companhia.
Para ser uma empresa diversa e inclusiva, é necessário que, primeiro, pessoas pertencentes à minoria tenham vontade de contribuir com o objetivo da organização. Portanto, o empenho aos compromissos deve ser claro, praticado e atualizado.