Descubra como a gestão data driven ajuda a responder com mais precisão e velocidade às demandas do mercado.

A gestão data driven é aquela que usa a análise de dados para direcionar o planejamento e, principalmente, o processo de tomada de decisões. Uma gestão baseada em dados avalia informações relevantes ao negócio para responder com mais precisão e velocidade as demandas do mercado, além de aprimorar seus processos.

Esse conceito ganhou força com o desenvolvimento de tecnologias que permitem a coleta, o processamento e a análise de grandes volumes de dados, como o Big Data e o Business Intelligence. Hoje em dia, organizações de quaisquer áreas ou portes conseguem obter e explorar dados sobre o comportamento dos clientes e a efetividade da sua geração de valor.

Neste post, você aprenderá mais sobre o que é a gestão data driven e quais são seus benefícios para o seu negócio. Acompanhe!

O que é a gestão data driven?

Na gestão data driven, os dados são fundamentais para o processo de tomada de decisões da empresa. Enquanto em modelos tradicionais a intuição de um gestor ou do dono pode ser decisiva para o planejamento, na gestão data driven a análise de dados sempre encontra certezas.

Vale lembrar que esses dados podem ser coletados de diversas fontes. Uma empresa que opera no varejo, por exemplo, pode acompanhar números sobre a venda de produtos, sobre as formas de pagamento usadas, os horários de pico nas lojas e muitos outros, tudo para conseguir compreender melhor o comportamento do seu público.

Como aplicar o data driven?

O objetivo do data driven é entregar respostas mais precisas e confiáveis por meio de dados. Na prática, esse método reduz achismos, fazendo com que as escolhas da organização sejam mais efetivas por serem baseadas em dados confiáveis. E o primeiro passo para adotar esse modelo é cultural.

Implemente uma cultura

Em muitas organizações, os gestores podem apresentar certa resistência em abrir mão das suas opiniões no processo de tomada de decisões em favor dos dados. Por mais que as escolhas feitas por eles, geralmente, sejam construídas com base em anos de experiência, uma análise de dados consegue englobar muito mais conteúdo do que seria possível uma pessoa absorver de forma empírica em toda sua vida.

Para implementar o data driven em uma empresa, portanto, é preciso começar pelo fator cultural. E uma cultura não é construída da noite para o dia. É necessário preparar bem a equipe, conscientizando-a sobre as vantagens de se apoiar em uma cultura de dados.

Isso pode ser feito por meio de treinamentos, cursos de capacitação, reuniões internas e campanhas de endomarketing. É possível demonstrar, de forma prática, como uma cultura organizacional data driven ajuda a atingir bons resultados.

Um exemplo que pode ser apresentado é o de como os números indicam comportamentos dos consumidores ou usuários de um serviço. Ou, então, como é possível prever tendências de consumo e preparar melhor os estoques e a logística. Enfim, basta buscar dentro da sua própria empresa como os dados podem mudar os rumos do mercado.

Adote soluções adequadas

Depois disso, é hora de escolher as soluções que serão utilizadas para coletar e analisar os dados, além de formatá-las para que sejam capazes de dar suporte aos gestores. Para isso, vale a pena conhecer ferramentas tecnológicas de Big Data e Business Intelligence, assim como adotar um bom Enterprise Resource Planning (ERP), sistema poderoso que centraliza informações e processos das organizações de forma integrada.

Esses softwares são importantes porque não basta coletar dados, é preciso saber analisá-los e entender como eles são importantes para a tomada de decisões. É fundamental saber diferenciar todas as informações recebidas e saber o que fazer com elas.

Por exemplo, se o seu software indicou um determinado número de visitas no seu blog corporativo pode não ser algo tão relevante quanto entender quantas pessoas resolveram assinar a sua newsletter. A partir daí, é possível fazer uma campanha de e-mail marketing voltada para esse público, mais interessado, de fato, em conhecer os seus produtos ou serviços.

Como coletar dados?

Os dados são a matéria-prima das escolhas certas e o principal combustível da gestão data driven. Para esse modelo funcionar, é fundamental que as informações sejam obtidas a partir de fontes confiáveis e relevantes para o negócio.

Já adiantamos: é preciso ter um pouco de bom senso e noções básicas de estatística na hora de coletar esses dados. Afinal, informações falsas, imprecisas ou descontextualizadas podem iniciar um efeito dominó negativo, levando a empresa a uma sequência de escolhas equivocadas.

Imagine o seguinte cenário: uma empresa que vende camisas de futebol de clubes brasileiros faz uma enquete sobre qual peça seus consumidores desejam em uma comunidade de torcedores do Santos. Obviamente, os resultados dessa pesquisa serão distorcidos pelo contexto. Assim, o negócio não será capaz de identificar a real demanda do mercado.

Para fazer a gestão data driven funcionar, é preciso ter atenção ao processo de coleta de dados, tentando sempre extrair respostas que levem em conta o contexto e a fonte dos dados obtidos. Algumas das melhores fontes de informação são números e métricas acompanhados pela organização, além de pesquisas confiáveis de mercado e dados obtidos com ferramentas de marketing digital.

Qual é a diferença para a gestão analytics driven?

É provável que você já tenha visto esses dois conceitos e pensado que tratam da mesma coisa. Mas o analytics driven, também conhecido como gestão movida por análises, analytics driven decision-making, entre outras variações, é um pouco diferente.

Dessa forma, enquanto a gestão data driven faz uma abordagem quantitativa, na analytics driven é feita uma abordagem mais qualitativa. Na verdade, a segunda forma consiste em uma versão mais aprofundada da primeira, na qual os dados são processados e analisados de acordo com diferentes fatores.

Portanto, é possível começar implementando uma cultura e uma gestão data driven para depois evoluir para a analytics driven. Afinal, esta depende de uma base de dados ainda mais sólida e complexa, bem como de um envolvimento total da gestão da empresa baseada em informações.

E o que é data driven marketing?

Nada mais é do que a estratégia de uso de dados para a criação de estratégias e campanhas de marketing. Os profissionais da área analisam as informações obtidas pela tecnologia da informação, transformando-as em ideias e decisões. Ou seja, é o data driven aplicado à inteligência de mercado.

O objetivo é melhorar as estratégias de marketing, otimizando processos e tornando-os mais eficientes. Assim, em vez de fazer um projeto para um público generalizado, a partir de expectativas de mercado, os dados são usados para atender tendências e demandas específicas do público.

Isso só é possível porque o processamento de dados permite um entendimento completo sobre seu público. Dá para saber quem compra o que, quando, de onde e por que, favorecendo o direcionamento das estratégias de marketing para uma maior eficiência.

Quais são os benefícios dessa gestão?

Sem se basear na intuição ou em achismos, a gestão data driven permite que a organização tenha processos de tomada de decisão mais precisos e eficazes. Isso significa que menos recursos serão desperdiçados com erros e a gestão será mais efetiva.

Focado na objetividade, esse modelo de gestão ajuda a deixar a empresa mais enxuta. Nesse contexto, ainda com o auxílio do uso de dados, fica bem mais fácil compreender o que é prioridade e o que não gera valor para o negócio.

Além do mais, ao coletar e analisar dados sobre o comportamento dos consumidores, os times conseguem enxergar oportunidades e demandas que provavelmente não ficariam claras sem o suporte dessas informações. Com isso, é possível desenvolver soluções específicas para os problemas, conquistando fatias cada vez maiores do mercado. Acredite: alcançar esse tipo de vantagem competitiva é o sonho de toda empresa.

Um outro benefício claro da gestão data driven está relacionado à evolução da forma como o trabalho é realizado dentro da empresa. Afinal, até em uma organização eficiente e com processos bem estruturados, sempre é possível encontrar formas de reduzir custos ao mesmo tempo em que a produtividade e a segurança das atividades aumentam.

Buscar a melhoria contínua sem uma visão clara da efetividade dos processos é um desafio e tanto, uma vez que, assim, alguns ajustes podem acabar sendo prejudiciais para a geração de valor. Já com a gestão data driven, as possibilidades de otimização são mais facilmente percebidas e os resultados de ajustes em processos ficam claros com a utilização de dados.

Por fim, vale a pena destacar que, quando indicadores de performance e métricas estão em jogo, é possível ter um controle melhor e uma visão mais clara sobre como o trabalho é realizado na empresa. Isso simplifica a definição de metas e o devido reconhecimento dos profissionais.

Em uma gestão data driven, a relação entre a alta administração e o operacional se torna mais transparente e direta. Nada mais de intermediários! Nesse modelo, os gestores enxergam a estrutura do negócio e a eficiência do trabalho realizado por meio de dados, sem ambiguidades ou espaço para dúvidas.

Enfim, a gestão data driven, com suas aplicações, inclusive, no marketing e na cultura organizacional, já é uma realidade em diversas organizações. Vale a pena conhecer se surpreender e se beneficiar com esse modelo administrativo que tem obtido ótimos resultados!

E agora que você já entende melhor o que é gestão data driven, aproveite para aprender também sobre o Business Process Outsourcing (BPO). Saiba por que ele pode ser tão importante para sua empresa!