A educação corporativa e o desenvolvimento dos profissionais trata de um dos ativos mais importantes de qualquer organização.

Hoje em dia, a educação corporativa é uma das estratégias de crescimento mais proeminentes das empresas. Isso se explica pelo fato de o conhecimento dos profissionais ser um dos ativos mais importantes de qualquer organização. É por meio dele que a empresa consegue se desenvolver e alcançar lugar de destaque no mercado.

Como é de se imaginar, com o maior uso das tecnologias nos ambientes corporativos, a maneira como as organizações treinam seus colaboradores também passou por mudanças. Embasados nessa ideia, mostraremos a seguir algumas das principais tendências em educação corporativa. Continue a leitura e descubra as novidades que otimizarão os processos de desenvolvimento na sua empresa!

O que é educação corporativa?

Antes de efetivamente falarmos sobre as tendências em educação corporativa, é fundamental entendermos melhor o conceito por trás do termo. Podemos defini-lo como uma prática da gestão de pessoas que tem entre os seus principais objetivos desenvolver e treinar os colaboradores de maneira estratégica, fazendo com que contribuam com o crescimento da organização.

Mais do que promover treinamentos, a educação corporativa busca alinhar as competências individuais dos colaboradores e as habilidades necessárias para o bom funcionamento da organização. O resultado desejado é ao mesmo tempo simples e ousado: tornar a empresa inovadora e aumentar a competitividade dos produtos ou serviços por ela oferecidos.

Quais as tendências na área?

Como dissemos, as tecnologias transformaram o dia a dia das organizações. Com a educação corporativa, o cenário não foi diferente. Novos métodos de ensino foram criados, visando não só o melhor aproveitamento do colaborador, mas também um controle mais eficaz por parte da gestão, a fim de personalizá-los de acordo com as demandas do mercado. Confira agora 6 das principais tendências na área!

1. Gamificação

A gamificação consiste no uso de jogos para treinar e desenvolver colaboradores internamente. A ideia é que, por meio dessa ferramenta, o profissional possa se engajar mais, encontrando soluções para problemas e melhorando seu aprendizado. Mas qual a ligação disso com a educação corporativa?

Nesse caso, os jogos não têm um caráter simplesmente de diversão. À medida que avança nas fases, o colaborador adquire mais conhecimento e desenvolve habilidades fundamentais para seu cotidiano profissional — como vender um produto recém-lançado no mercado.

Além de criar um clima de competição saudável entre os funcionários, a gamificação traz outros benefícios, como:

  • cria um sentimento de confiança nos colaboradores, o que consequentemente se reflete em busca por um desempenho cada vez melhor;
  • permite ao RH medir o desempenho de cada funcionário a fim de aperfeiçoar os treinamentos e melhorar outros aspectos internos;
  • proporciona maior acessibilidade e flexibilidade, pois o funcionário pode acessar um conteúdo que não está engessado, tendo à sua disposição um design diferenciado.

1.1. Game thinking

Em gamificação, temos também o game thinking, utilizado para que os colaboradores possam pensar a partir da dinâmica proposta dos jogos. A ideia é captar os principais conceitos dos games para solucionar problemas ou mesmo cumprir tarefas.

Por exemplo, suponha que a equipe de vendas da sua empresa precise alcançar uma performance melhor, a ideia é aumentar a lucratividade do negócio. Por meio do game thinking é possível engajar os profissionais da área de vendas, oferecendo recompensas e desafios. Isso acaba sendo mais estimulante do que ter apenas a comissão, pois o colaborador é convidado a se desafiar.

O ato de oferecer reconhecimento e recompensas à equipe faz com que a moral do colaborador seja elevada, estimulando a competitividade. Consequentemente, leva o grupo a alcançar os objetivos predeterminados pela empresa quanto à educação corporativa.

2. E-learning

Basicamente, o e-learning pode ser definido como um método de ensino em um ambiente digital. Nesse caso, todo o conteúdo programático é disponibilizado em uma plataforma online para que os colaboradores tenham acesso. A ideia é promover o ensino a distância (EAD), visto que nem sempre os profissionais estão disponíveis fisicamente para um treinamento.

Por meio de uma prática dinâmica, o e-learning traz flexibilidade tanto para o profissional quanto para a empresa. A organização pode, por exemplo, personalizar os conteúdos e atualizá-los de acordo com as demandas do mercado. Mas não é só esse benefício identificado. Na verdade, a aplicação do e-learning traz uma série de vantagens para a educação corporativa, como:

  • menor custo em relação aos métodos tradicionais, visto que o investimento maior será na plataforma;
  • maleabilidade para o próprio aluno definir seu ritmo de aprendizagem;
  • oportunidade para a empresa diversificar os treinamentos e atualizá-los quando desejar;
  • possibilidade de acompanhamento mais próximo do desenvolvimento dos colaboradores, garantindo assim maior precisão e atenção a demandas individuais.

2.1. Microlearning

Uma tendência que está embutida no e-learning é o microlearning, que ajudará a potencializar a educação corporativa. Como o próprio nome sugere, o termo é usado para identificar um aprendizado em “pequenas” doses. O objetivo não é oferecer menos conteúdo, mas sim promover um processo de aprendizado que seja mais fácil de ser assimilado.

Ou seja, as atividades de educação corporativa exigirão menos esforço e tempo dos colaboradores para a sua realização. Isso porque os assuntos abordados são bastante específicos e ligados a uma abordagem única, sem perder a complexidade do todo, e centrada no que o profissional precisa aprender.

Por exemplo, existem organizações que precisam de uma capacitação eficaz de seus colaboradores e em um curto espaço de tempo, a fim de suprir alguma necessidade do negócio. O microlearning serve então para atender a demanda, oferecendo um aprendizado focado e rápido.

Dentro do microlearning, temos o chamado micromomento, que também pode ser aplicado à educação corporativa. Os micromomentos são aquelas ocasiões ideais nas quais algumas decisões são tomadas e, no caso da capacitação dos colaboradores, eles são aplicados como uma forma de consumo da microaprendizagem.

Um incentiva o outro. Logo, para que isso aconteça de forma fluida, o interessante é que sejam aproveitados os momentos nos quais os colaboradores estejam conectados aos dispositivos móveis, tornando a aprendizagem mais fluida e acessível.

3. Webinar

Outra novidade para a educação corporativa, o modelo de webinars promete se tornar uma das ferramentas mais usadas pelas empresas nos próximos anos. Antes de mais nada, tenha em mente que, hoje, uma das maiores dificuldades das organizações é justamente com relação à aderência do conteúdo e também à sua dinamicidade interna. Aí entra o webinar.

Por meio desse recurso, que pode ser definido como uma webconferência fundamentada na estratégia de marketing de conteúdo, a empresa facilita o processo de absorção das informações para os colaboradores. Isso acontece porque os webinars possuem chats para trocas entre funcionários e tutores, permitindo tirar dúvidas em tempo real.

Outras vantagens percebidas são o baixo investimento necessário, se comparado aos treinamentos presenciais, além da possibilidade de oferecer um conteúdo atualizado sobre as regras organizacionais para os colaboradores — como sobre legislação ou padrão de melhoria dos produtos ou serviços, melhorando assim, a educação corporativa.

3.1. Social learning e video learning

O social learning é um termo que ultrapassa o aprendizado tradicional, fazendo jus ao ensino compartilhado. Portanto, ele inclui o aprendizado formal, informal, pessoal e social de maneira simultânea. São temas, materiais, pessoas, idiomas, tudo diferente para prover uma excelente educação corporativa.

Vale ainda considerar que o compartilhamento de arquivos e ativos em blog pessoal, leitura de reportagens no dia a dia, participação em dinâmicas são alguns dos meios oferecidos para promover o ensino. Sem esquecer que tudo isso é feito de maneira interativa e online, ou seja, o aluno tem informação disponível de qualquer lugar.

No grupo do e-learning temos também o video learning. Como o termo já diz, é o aprendizado por meio do audiovisual. 79% dos trabalhadores acreditam que a flexibilidade e o controle promovidos por esse formato de conteúdo ajuda a melhorar a qualidade de aprendizado no trabalho, segundo a Panopto.

A efetividade que um vídeo tem de passar um conteúdo ajuda os colaboradores a assimilarem melhor determinado assunto. A opção engloba tanto os vídeos criados sob demanda quanto aqueles que são transmitidos ao vivo. O vídeo é um aliado, por exemplo, do microlearning, apresentando pequenos tutoriais para resolver lacunas existentes nas equipes, engajando-as por meio mensagens visuais que vão além de textos.​

4. Personalização

Quantas vezes sua empresa não investiu alto em treinamentos, mas, no decorrer do processo, acabou percebendo que a capacitação não se encaixou tão bem às necessidades da equipe? Pois isso é mais comum do que você imagina. A boa notícia é que, na educação corporativa moderna, as chances de erros diminuirão consideravelmente.

Cada vez mais empresas têm investido em treinamentos direcionados a necessidades específicas. Um deles está baseado nas competências necessárias aos colaboradores para que executem seu trabalho com excelência. A ideia é alinhar aquelas habilidades que eles já possuem, mas que ainda não são usadas em sua totalidade — como ter mais proatividade no cotidiano organizacional.

4.1. Aprendizagem modular

Entre as novidades de personalização no campo da educação corporativa temos as plataformas de aprendizagem modular. A ideia dessa tecnologia é possibilitar o rastreio das experiências dos profissionais e, assim, poder adaptar às exigências do ensino à necessidade de cada um dos colaboradores.

A plataforma será capaz de fazer o mapeamento das lacunas de competências, observar o desenvolvimento do estudante e definir o caminho pelo qual o profissional poderá seguir. Isso vai trazer mais dinamicidade ao cotidiano da educação corporativa, bem como voltar o foco para que a empresa possa treinar os profissionais rumo ao melhor caminho.

5. Mobile

Seguindo a mesma ideia do e-learning, o mobile learning (aprendizagem por meio de dispositivos móveis, como celulares e tablets) traz ainda mais praticidade ao cotidiano dos colaboradores. Isso porque eles poderão aprender de qualquer lugar e a qualquer momento, tendo todo o conteúdo sempre disponível na palma da mão.

O material se torna mais atrativo quando também é desenvolvido para dispositivos móveis, além de permitir uma interatividade maior no aprendizado. O método é especialmente interessante para as empresas visto que dá a elas a possibilidade de inserir informações rápidas, bem como de integrar redes sociais corporativas, permitindo trocas entre profissionais sobre os conhecimentos adquiridos na educação corporativa.

5.1. Mobile learning, self-directed e self-paced learning

O mobile learning é uma alternativa para que os colaboradores continuem aprendendo mesmo longe do ambiente corporativo. Com os milhões de dispositivos móveis em funcionamento, fica mais fácil difundir esse tipo de ensinamento. Apenas com o acesso à internet, o profissional tem disponível um ambiente responsivo com todos os materiais.

O self-directed learning é o aprendizado autodirigido, no qual o aluno escolhe e cria as suas próprias oportunidades de aquisição de conhecimento. Já o self-paced learning, é o aprendizado que acompanha o ritmo de cada aluno. Ambas as práticas ajudam a tornar os indivíduos ainda mais responsáveis pela aquisição de conhecimento.

Na educação corporativa, eles funcionam como ferramentas nos quais os profissionais são expostos a conteúdos por meio de dispositivos móveis e uma aprendizagem mista, focada nos projetos cotidianos da organização.

Logo, os profissionais não só aprendem por meio da teoria, mas também da prática, visto que eles são expostos a desafios para poderem provar o desempenho em determinada questão. Além de ser de fácil acesso, o modelo é prático para desenvolver a mobilidade corporativa, a fim de que os colaboradores continuem aprendendo mesmo em trânsito.

6. Neuropsicologia

A Neuropsicologia é um ramo da Psicologia que estuda a relação entre o cérebro e o comportamento humano. Ela busca entender o funcionamento da memória e do pensamento e como eles se relacionam com o processo de aprendizagem. Seu uso crescerá ainda mais quando relacionado à educação corporativa.

Por meio desse método, será possível entender quais conteúdos e práticas mais prendem a atenção dos colaboradores, por exemplo. A partir disso, os gestores podem estabelecer estratégias mais eficazes, específicas para a realização das atividades da empresa.

6.1. Realidade virtual (RV) e aumentada (RA)

Tanto a realidade virtual (RV) quanto a aumentada (RA) chegaram para aumentar a aproximação entre o ensino e o aluno. Logo, a educação corporativa é beneficiada pela inserção dessas novidades tecnológicas, tornando a imersão e interatividade partes do cotidiano do colaborador que está passando por treinamento.

Isso acontece graças às imagens com realidade tridimensional para apresentar gráficos ou desenhos a fim de explicar determinado assunto, tornando a assimilação do conteúdo muito mais simples. Hoje, no mercado, já é possível aplicar tais tecnologias para fortalecer a educação corporativa por meio de jogos de negócios, por exemplo.

Mas não é só esse o benefício trazido pela união entre a RA e RV. Ela facilita a memorização de determinado assunto, o engajamento dos colaboradores de forma criativa, o aprendizado cognitivo, enriquecimento do conteúdo e maior dinamicidade. Além disso, auxilia na melhor absorção do que foi ensinado, visto que o ser humano tende a ter mais facilidade de se lembrar de imagens.

Como viu ao longo deste post, as tendências da educação corporativa estão ligadas ao uso das novas tecnologias. Por isso, antes de implementar qualquer novidade, certifique-se de que a equipe está apta a lidar com essas ferramentas modernas.

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